terça-feira, 31 de dezembro de 2013

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FELIZ ANO-NOVO? SEM CHANCE!

2014 não será um bom ano para o Brasil

TONy PachECO*


Normalmente, no final do ano pensamos positivamente e desejamos as melhores coisas possíveis para as pessoas e as nações. Mas, o Brasil entra 2014 com as piores perspectivas e, portanto, fica impossível desejar Feliz Ano-novo para ninguém que more por aqui. É economia em total DESACELERAÇÃO, são indicadores sociais cada vez mais ruins nas áreas de Saúde, Educação, Segurança, Mobilidade. Nada aponta para melhoria e duas situações (eleições e Copa) sinalizam uma pioria generalizada. Se não, vejamos:

1)    Minha bola-de-cristal me diz que este será um ano eleitoral. Os mesmos grupos de sempre que infelicitaram o País de 1985 pra cá, voltam (de novo, novamente...) a disputar a Presidência da República e os governos estaduais. Não há um sequer que tenha o discurso da MORALIDADE, do COMBATE À CORRUPÇÃO, pois todos, sem nenhuma exceção, têm membros envolvidos em atos no mínimo duvidosos ou escandalosamente escabrosos. Segundo o site congressoemfoco.uol.com.br, “Um em cada cinco deputados responde a algum tipo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 566 deputados que assumiram mandato, entre titulares, suplentes e licenciados, 114 são alvos de investigação na mais alta corte do país. Esses parlamentares acumulam 243 inquéritos e ações penais, de acordo com levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco.”
Isto sem contar com os queridíssimos senadores. Se juntarmos a estes os deputados estaduais, vereadores, prefeitos e governadores, secretários municipais e estaduais, teremos que a Justiça Brasileira passará  boa parte do seu tempo em 2014 “cuidando” dos chamados “malfeitos” de nossas autoridades...
Ano eleitoral para esta galera é tempo de arranjar dinheiro, de qualquer jeito, pra se eleger ou manter-se no poder. Então, nem preciso mais de bola-de-cristal para vermos o vale-tudo instaurado no Brasil neste ano de 2014 e o DINHEIRO DOS NOSSOS IMPOSTOS indo parar nos bolsos mais insuspeitos. E nos suspeitos também...
Ou vale à pena fazer uma mentalização e pensar que todos os nossos políticos se transformarão em 2014 em pessoas idôneas que só se preocuparão em promover a saúde pública, a segurança pública, o transporte público, a educação pública e a felicidade geral da Nação???
Huuuummmm!!! Tem que ser muito Dr. Pangloss pra acreditar em tanta beatitude.

2)      Minha bola-de-cristal também me sinaliza que neste ano de Copa do Mundo FIFA de Futebol, as OPORTUNIDADES DE MALFEITOS serão as maiores possíveis. Obras feitas às pressas e SEM NENHUM CONTROLE propiciarão aquela situação ideal para corruptos e corruptores na qual em nome da pressa, TODOS OS GASTOS SERÃO LIBERADOS. E tome-lhe dinheiro público nos bolsos dos mesmos e de outros também. Pelos estádios capengas, sem infraestrutura no entorno, como a Itaipava Arena Fonte Nova, ou pelos estádios que simplesmente caem mesmo antes de ficarem prontos, como em São Paulo e no Amazonas, já estamos vendo que em 2014 será uma farra.
A mesma farra que levou a Grécia e a África do Sul à beira da falência quando realizaram as Olimpíadas de 2004 e a Copa do Mundo de 2010, respectivamente. O povo brasileiro não assistiu passivo ao descalabro dos gastos com a Copa das Confederações de 2013, mas algo me diz que voltaremos a dormir em berço esplêndido e nossos políticos e empreiteiros irão com sede ao pote. Muita sede mesmo. E sem ninguém nas ruas pra vigiar o pote.

Portanto, feliz início do final do mundo para todos. 

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA, estudou Economia nas universidades federais de Juiz de Fora e da Bahia e Psicanálise na Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

RELIGIOSIDADE, SIM! PADRES E PASTORES, NÃO!


 “Festa estranha com gente esquisita”
("Eduardo e Mônica", Legião Urbana)

Tony Pacheco *

Antes de começar, quero deixar claro que este não é um “post” contra a religiosidade de ninguém. Religiosidade é uma coisa que geralmente é boa. Nos acalma, nos dá resignação quando estamos desesperados, nos dá esperança, nos ajuda a viver. Este artigo é contra os “VENDILHÕES DO TEMPLO”, aqueles espertalhões que VENDEM DEUS e não entregam. Os que transformam a religiosidade num negócio, geralmente sujo.

Shiva, o pai (José?), Parvati, a mãe (Maria?) e Ganesh, o filho (Jesus?): séculos antes de Cristo, o mesmo mito.

Natal é época de dar presentes, como no mito dos Reis Magos e, por isso mesmo, gera alegria ou tristeza e um consumismo desenfreado. Mas é também época de muito mal-estar psicológico para quem perdeu entes queridos, sejam pais, filhos ou amigos. Ou para as pessoas pobres (a maioria) que não pode realizar as fantasias de consumo que a época sugere.
É a época em que há muita crise de depressão e, no Ocidente, muitas tentativas de suicídio. Mas, de onde surgiu mesmo a comemoração do Natal? Este artigo-pesquisa que voltamos a publicar pode libertar você que está deprimido com esta comemoração religiosa ao ver que, na realidade, esta data não tem nada, mas absolutamente nada mesmo, com o nascimento de Jesus Cristo, um deus que, como veremos, nem se sabe ao certo quando teria nascido.
Importante ressaltar, no entanto, que este texto não é contra a religião cristã, é apenas o levantamento histórico das manobras e roubos de datas e liturgias que os clérigos cristãos fizeram com outras religiões anteriores à sua, mais ou menos como o que os evangélicos hoje em dia fazem com o Espiritismo e o Candomblé ao roubar seus “passes” e outras liturgias que são modificadas e apresentadas como coisas cristãs, mas que nós sabemos que não o são.
Ser religioso é uma coisa que pode ser muito boa, levar-nos para o caminho do Bem e nos dar grande conforto emocional, se você não permitir que seu sentimento religioso seja manipulado por espertalhões, que Cristo chamou de “vendilhões do templo”. Seja cristão, ninguém pode nem deve impedir isso, agora, não seja ignorante, porque aí é imperdoável.

1. QUEM NASCEU, MESMO? O Natal – 25 de dezembro é, na verdade, o dia da festa de vários deuses. Krishna, na Índia, 3.200 antes de Cristo. Hórus, no Egito, 3.000 antes de Cristo. E o mais famoso de todos, a quem os cristãos perseguiam pois comandava os exércitos de Roma, Mithra, o deus guerreiro. O Natal é a festa de nascimento deste deus: “Natalis Solis Invicti”, ou nascimento do deus Sol invencível, também chamado Mithra, divindade oriental que chegou ao Ocidente através de Alexandre, O Grande, quando de sua vitória sobre o Império Persa, três séculos antes do nascimento de Jesus Cristo. O próprio imperador Constantino, que tirou o Cristianismo da clandestinidade a pedido de sua mãe, era o sumo sacerdote (equivalente ao papa) do Mithraísmo, a religião das legiões romanas.
A festa do “Natalis Solis Invicti” coincidia, no calendário juliano (anterior ao nosso atual, o gregoriano), com o solstício de Inverno no Hemisfério Norte. Em todo o mundo civilizado, 25 de dezembro era data de festas para comemorar o nascimento de deuses: Mithra, o Sol Invicto, em Roma, na Grécia ou na Pérsia. Adônis, no Império Romano. Dioniso, na Grécia.  Osíris, no Egito.

2. O VELHO DEUS-MENINO. Mithra, o Deus Sol Invicto, nasceu do deus-supremo Aúra-Masda, que “despejou a sua luz” sobre uma virgem, Anahira. O seu nascimento era celebrado como “o deus menino Mithra, que traz luz ao mundo” (você já ouviu isso em algum templo cristão, não é mesmo?). E mais: a representação de Anahira com o menino-deus Mithra é totalmente igual à de Maria com Jesus. Aliás, este é um mito recorrente: também Hórus, deus-menino no Egito, filho de Ísis e Osíris, é representado com a mãe de maneira igual às madonas que os pintores cristãos difundiram, numa imitação, uma “chupada”, como se diz na publicidade.
Os cristãos sempre estiveram divididos sobre se Jesus é um deus ou um homem-santo, mas mais divididos ainda ficam até hoje com a virgindade de Maria. Basta dizer que somente em 1854 (há 160 anos, portanto) a Igreja teve coragem de “oficializar” esta virgindade.
        
Ísis e seu filho Hórus, deuses egípcios que deram origem às nossas imagens de Maria com Jesus                        

3. A MÃE VIRGEM. Buda, “O Iluminado”, também nasceu de um deus elefante que engravidou uma virgem. E até Alexandre, O Grande, para justificar a sua adoração como deus pelas tropas, era tido como nascido de uma cobra sagrada (sic) que teria visitado sua mãe, Olímpia, na Macedônia. O povo, definitivamente, acredita em tudo. Já existem milhões de seguidores de um Deus Espaguete na Internet. Confira emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pastafarianismo

4. MORTOS E RESSUSCITADOS. Mithra, o Deus Sol Invicto, bem antes de Cristo, também foi assassinado, como Cristo, e como Cristo, colocado num sepulcro de pedra e ressuscitou no terceiro dia. Tudo isso, repito, mais de um século antes de Cristo. Mais “coincidência” do que isso, impossível: os bispos católicos do início do Cristianismo "chuparam" as histórias de outras religiões, de outros deuses, e atribuíram ao filho do Deus que eles queriam impor.

5. NATAL ERA EM JANEIRO. Na verdade, nos primeiros séculos do Cristianismo, o nascimento de Jesus era comemorado no mesmo dia da festa dos Reis Magos, em 6 de janeiro, porque não há um registro histórico sequer da data exata do nascimento de Jesus. Nem mesmo a Bíblia tem este registro. E a Igreja Ortodoxa (que é cristã e representa 300 milhões de pessoas na Europa e Ásia) continua comemorando em janeiro. Pegaram o 25 de dezembro porque era o nascimento de outros deuses reverenciados no Império Romano e, assim, podiam "roubar" crentes de outras religiões.

6. É CRISTO OU KRISHNA? Os presentes que Cristo teria recebido dos Reis Magos (ouro, incenso e mirra) são absolutamente os mesmos que o deus Krishna recebeu em seu nascimento nas escrituras hinduístas. Só que Krishna, deus na Índia até hoje, “nasceu” milhares de anos antes de Cristo... Outra "chupada".

7. PROFETA OU DEUS? A divindade de Jesus Cristo só foi “oficializada” em 19 de junho de 325 d.C., no Concílio de Nicéia, convocado pelo imperador Constantino, do Império Romano. Este imperador era também o Sumo Pontífice do culto ao deus Mithra, o Sol Invicto, e só foi batizado pelos cristãos depois de morto ou poucos minutos antes de morrer, não se estabeleceu ainda ao certo. Até 325 d.C., Cristo era tido pelos cristãos como apenas um profeta, como, até hoje, ele é reverenciado pelos muçulmanos e judeus. Só um profeta.

8. MANOBRA DA MÃE POSSESSIVA. O Cristianismo só foi oficializado pelo imperador Constantino porque sua mãe, Helena (depois chamada de Santa Helena pela Igreja Católica), era cristã e guiava os passos do filho para a transformação da “Religião do Carpinteiro”, como era conhecido o Cristianismo, em religião oficial e única do Estado Romano. Como Mithra, o Sol Invicto, era o culto majoritário, era mais fácil impor o Cristianismo se as datas e liturgias mithraístas fossem absorvidas pela nova religião. E assim foi. Mas a oficialização do Natal se deu mesmo com o papa Libério, em 354. Isto é, 354 anos depois que Jesus teria nascido. Não é mole não!

9. UM SÍMBOLO CRUEL. A cruz, tão reverenciada pelos cristãos até hoje, não era o símbolo que os apóstolos usavam. Claro, Cristo foi crucificado pelo Império Romano. Como usar o símbolo do martírio da própria divindade? Mas o imperador Constantino, precursor de nossos marqueteiros modernos, necessitava de um símbolo simples para a nova religião (o Cristianismo, com datas, símbolos e liturgias mithraístas). O peixinho (que agora você vê no fundo dos carros como adesivo...) é que era o símbolo oficial dos cristãos, mas não tinha força e era difícil de ser desenhado e reconhecido. Então Constantino oficializou a cruz como símbolo da nova religião e fez colocar o símbolo no escudo de suas tropas. Uma maldade. E sob este símbolo Constantino matou seu filho, o cunhado, uma das suas várias mulheres, o sobrinho e milhares de “infiéis”, igualzinho os muçulmanos fazem hoje em dia em seus atentados mundo a fora.
E sabe aquela auréola dourada na cabeça dos santos católicos? É o disco solar dos deuses egípcios e de Mithra, o Sol Invicto. Não confiem em mim. Vão ao Google. É só ir lá e conferir. Em publicidade chama-se a isso “chupada”.

10. ROUBARAM A ÁRVORE. Muito antes de Jesus Cristos e seus adeptos, o Natal era uma festa também para os seguidores de Saturno, deus da agricultura em Roma, séculos antes de Cristo. E nas “Saturnálias”, no 25 de dezembro, o povo dançava e adornava árvores com máscaras de Baco, deus do prazer e das bebedeiras. Já os druidas (sacerdotes dos povos celtas), adornavam carvalhos com maçãs pintadas de dourado. Os egípcios colocavam folhas de palmeira dentro de casa em dezembro reverenciando seus deuses. Na Babilônia, Ninrode casou com a própria mãe e renegou o pai, o Deus Baal. Semíramis, a mãe, depois da morte prematura do filho Ninrode (chamado por ela “o Messias”, filho do Deus-sol, Baal), garantiu que ele ressurgiu dos mortos quando um pedaço de pinheiro renasceu do nada. Ressurreição e pinheiro. Por aí você já vê de onde o padre Martinho Lutero (1483-1546) tirou a ideia de enfeitar um pinheiro com velas na época do Natal... Lutero, posteriormente, renegou o Catolicismo e deu uma de imperador Constantino e fundou a sua própria religião, o Protestantismo, que hoje você conhece como “evangélicos” ou “crentes”.


Em resumo, é triste informar que o Natal que os cristãos comemoram é uma festa pagã, do nascimento de deuses pagãos, com enfeites e simbologias pagãs. O Natal não tem sequer uma referência na Bíblia. Justo a Bíblia que os cristãos adotam. Mas, ao mesmo tempo, é sempre LIBERTADOR SABER A VERDADE, assim, as pessoas deixam a depressão de lado nesta data e podem se salvar de tentativas depressivas que podem leva-las até ao suicídio. É bom sempre lembrar: família perfeita, só em comercial de margarina e mundo perfeito não existe. E neste mundo, tudo que começa é pra um dia acabar, portanto, é necessário que VIVAMOS COM A MÁXIMA ALEGRIA POSSÍVEL, cada dia de nossas vidas...

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA e fez Psicanálise na Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, uma sociedade, por sinal, ultracristã...

domingo, 22 de dezembro de 2013

QUEM NASCEU PRIMEIRO EM 25 DE DEZEMBRO FOI KRISHNA


TONY Pacheco*
Cristo seria, assim, o irmão mais novo de Krishna, deus indiano, haja vista que Krishna é adorado ininterruptamente na Índia desde 3.200 antes de Cristo até hoje...


Já o nascimento de Mithra (100 anos antes de Cristo), também comemorado em 25 de dezembro, foi que deu origem ao nosso Natal, pois era a festa dos guerreiros romanos, que a Igreja Católica espertamente conseguiu cooptar
Os bispos da Igreja Católica, que foram os primeiros cristãos, por séculos foram revestindo o Natal de várias simbologias que causam grandes alegrias em alguns, mas provocam também profundo desconforto na maioria: Jesus e sua família perfeita podem ser fonte de neuroses terríveis e dezembro, em todo o Ocidente, é um mês de muitos suicídios.
E por que isso? Porque a ignorância dos fatos que estão por trás do Natal é alimentada pela sociedade ocidental. Se você souber que Jesus não nasceu em 25 de dezembro e isso não for suficiente (vide texto que publicaremos amanhã sobre as VERDADEIRAS origens da comemoração), pense ainda que, mesmo que fosse verdade que Cristo tivesse nascido nesta data, só 1,9 bilhão de pessoas acreditam nisso. O mundo tem 7,2 bilhões de habitantes e 1,8 bilhão são muçulmanos; 900 milhões são hinduístas; 900 milhões não têm religião alguma; 400 milhões são adeptos de deuses familiares chineses; 300 milhões são animistas (tipo os orixás) e quase 200 milhões são ateus militantes. A maioria esmagadora (5,3 bilhões de pessoas) não acredita em Cristo e no dia 25 de dezembro a maioria dos habitantes deste pequeno planeta estará fazendo tudo, menos ceia de Natal.
Portanto, você NÃO ESTÁ SOZINHO. Jogue a depressão para o alto. E lembre-se: família perfeita como a de Jesus ou de Ganesh, nem se preocupe, só existe em comercial de margarina. Aquele papai-e-mamãe com filhinhos em volta da mesa? Nem sonhe. Assista ao filme "Parente é serpente" (tem na Internet de graça...) e veja a arte imitando a vida real: família é guerra, principalmente nestas festas. E não é que seja errado, é que nós humanos somos assim mesmo... Se ligue nisso antes de se entregar à nostalgia...
Agora, que você sabe que Jesus não nasceu em dezembro, que não há uma linha sequer na Bíblia que fale em Natal e que “Natalis Solis Invicti” (nascimento do invencível deus Sol) é uma festa pagã para um deus dos guerreiros macedônios e romanos chamado Mithra, pode pedir comida chinesa delivery, assistir um bom filme, beber um bom vinho e... adeus depressão!

O PAPAI COCA

Já o Papai Noel que você vê hoje em dia na TV, até 1931, não era exatamente assim. O mito de Noel é baseado na vida real de um bispo cristão da antiga Turquia, quando ali não era um país muçulmano ainda. Chamava-se Nicolau e viveu por volta de 280 d.C. Ele era famoso por arrecadar coisas entre os ricos e distribuir para os pobres. Uma espécie de Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, por aí... Daí criou-se o mito do bom velhinho que distribui brinquedos no Natal. Só que ele era simbolizado como um velhinho vestido com roupas de frio... marrons.
E sempre foi um velhinho de barbas brancas e vestes marrons até que, em 1931, segundo texto da insuspeita revista “Pais&Filhos”, os marqueteiros da Coca-Cola resolveram embarcar no espírito natalino. Só que marrom só tem a ver com a cor do líquido, mas não com as cores-símbolo da empresa de refrigerantes: vermelho e branco. O que fizeram os marketeiros? Na campanha publicitária do Natal de 1931 a Coca-Cola inventou o novo Papai Noel: vestido de vermelho com detalhes brancos, a marca da... Coca-Cola.

Sim, é isso aí: o que nós reverenciávamos, quando éramos pivetes, e você ensina aos pimpolhos até hoje, é uma jogada de marketing de 1931. Da Coca-Cola.

Como Coca-Cola não passa de açúcar líquido, acho que isso explica a obesidade epidêmica no planeta de 1931 para cá: tá todo mundo gordo. E engordando mais a cada Natal hehehehhehehee.

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA, estudou também Psicanálise numa sociedade psicanalítica pra lá de conservadora e cursou Economia nas universidades federais de Juiz de Fora e Bahia. Gosta de todas as religiões, mas acredita que o que liberta mesmo é a Verdade.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Polentinha do Arrocha (Poderosa)



MEU PRESENTE DE NATAL AOS PRODUTORES "CEGOS" DA BAHIA.

Tony Pacheco*

Sem ofender aos cegos...
Gente, esta molecada do Polentinha de Vitória da Conquista está solta aí, sem um grande empresário. Eles são os verdadeiros MAMONAS DO ARROCHA. É muita inteligência e criatividade. E estou falando porque eu conheço. Circulo nas áreas populares. Eu sei. Já descobri gente que cantava numa laje e que hoje anda de Land Rover Range Rover EVOQUE e finge que nem me conhece kkkkkkk.
Peguem antes que eu pegue, hein!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Vai que eu resolva voltar ao batente das estrelas!
P.S.: em tempo, assim como "aquela-banda-milionária-que-não-me-conhece-mais" conheci através de ADRIANO RIOS BORGES, esta Polentinha eu conhecei através de ÍTALO TAZ, de Valença, um fã e frequentador de tudo que se refere ao arrocha e ao pagode.

*Tony Pacheco: jornalista, radialista, economista e psicanalista, já fui produtor musical e notei que este meio é fod... Mas aparecem umas pessoas criativas que valem o sacrifício.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

SETE BOMBONS E UMA BOMBA - XVI

JORNAL COMENTADO 172
6:58 – 17.12.2013 – Terça-feira
TONy pacheCO*

Terminados quatro livros em leitura em paralelo (revezando todos os dias a leitura dos quatro), vendo filmes e observando a vida imitando a arte e a arte imitando a vida, eis aí mais uma coleção de Bombons e Bomba para servir de guia de compras e deleite neste final de ano.

Baiano lindo é morto por um rival filipino na disputa das atenções de um padre espanhol. Walcyr Carrasco jamais conseguiria imaginar isso pra colocar na novela!

1. A vida imita e supera “Amor à Vida” - BOMBOM
Os “evanjegues” (aquela parte dos evangélicos – não todos – que insiste em não raciocinar) promovem uma luta surda na Internet contra Walcyr Carrasco, autor da novela “Amor à Vida”, da Rede Globo. Dizem os fundamentalistas religiosos em seus argumentos “que aquilo é tudo mentira de uma mente doentia, pois o ser humano, obra de Deus, não é assim”. Bem, nós que somos seres racionais olhamos à nossa volta e notamos que vários daqueles personagens pululam em nossas vidas a todo momento. Isso sem contar a hora em que estamos escovando os dentes e nos deparamos com um daqueles personagens maléficos, bonzinhos ou otários bem na nossa frente, no espelho dos nossos banheiros, para nosso desespero... Mas, não bastasse isso, a vida que a mídia mostra surpreende por ser INFINITAMENTE MAIS LOUCA do que a novela, como agora no caso do assassinato do baiano Odycleidson na Espanha pelo filipino Eulogio, por ciúme do padre Jaume. Se você não acompanhou, vou dizer em pouquíssimas letras: padre Jaume tem ido aos países pobres para recrutar homens jovens e lindos para morar na Espanha COM ELE. Eulogio largou o inferno-na-terra chamado Filipinas e foi morar na deliciosa Espanha, mas, agora, já tá com 44 anos, casou, teve filho etc. e tal e começou a ficar chato e descartável. Aí, padre Jaume, segundo palavras do próprio Eulogio, veio ao Carnaval da Bahia e recrutou o absolutamente lindo Odycleidson, que, claro, ia pro mesmo caminho: depois de uma vida com o padre, já estaria com casamento marcado, como convém na vida real, na qual a maior parte dos homens que fazem sexo com homens acaba casando com mulheres para “não dar na pinta”. Só que Eulogio, segundo suas próprias palavras, ficou com medo de ser descartado de vez pelo padre por causa do belíssimo baiano e, aí, matou Odycleidson. Agora me digam: este triângulo amoroso é ou não é MAIS CABELUDO QUE A NOVELA DA GLOBO? Agora, maldade mesmo foi um ser humano tão bonito ter sido batizado com este nome. Posso apostar 10 reais como o destino dele teria sido outro se os conterrâneos tivessem feito uma vaquinha para ele ir à Justiça e ter mudado o nome para Adriano, Tiago, Alexandre, João, Miguel, Gabriel, Carlos, Guilherme, Júlio César, porque Odycleidson condenou-o a duas mortes: uma ao ser batizado e outra, agora, nas mãos de um filipino ciumento...
Portanto, não perca “Amor à Vida”, no meu humilde entender, a mais inteligente novela já levada ao ar pela Globo desde a sua fundação. E olhe que eu disse isso aqui mesmo neste humilde blog logo na primeira semana da apresentação do folhetim. Como dizia um coronel que já foi meu chefe: “Um homem a gente conhece pelo arriar das malas”. Quando Walcyr Carrasco arriou as malas, eu senti que ele não veio a este planeta a passeio.

2. “Jogos Vorazes: Em Chamas” - BOMBA
Quem assistiu o primeiro filme “Jogos Vorazes” ficou realmente impressionado com a metáfora da vida real do mundo moderno: governo manipulador que distrai a população de sua miséria através de um “reality show” violentíssimo. Nada a ver com o Brasil, que nos mata nas filas dos hospitais públicos e privados e oferece o futebol onde os torcedores se matam de pancadas para nos distrair a atenção de nossa vida miserável. Nada a ver.
O primeiro filme distraiu a gente, pois teve um “timing” perfeito (introdução das personagens, criação da expectativa e ação avassaladora até o fim) e um argumento que entreteve e acrescentou conhecimento às nossas vidas medíocres. Mas, agora, veio a continuação. Durante mais de uma hora, fica um nem-pode-nem-sai-de-cima entre a mocinha e seus dois pretendentes. Depois vem uma tentativa de ação que SIMPLESMENTE REPETE tudo que já foi feito no primeiro. Olhe, só não é pior que o final, porque o filme simplesmente NÃO TERMINA. Chama você descaradamente para aguardar o número 3. “Cuêio é qui vai”, como dizem os filósofos populares com os quais convivo na Feira de São Joaquim comendo rabada. “Jogos Vorazes”? Nunca mais.

3. “Meu Passado me Condena” – BOMBOM
Parece apenas mais um filme-comédia brasileiro,  mas não é. A história mostra um casal como muitos: ela, inteligente, bonita, gostosa, centrada no que quer ser e ter na vida; ele, um aloprado destituído de tamanho ideal (se é que vocês me entendem...), que só vive dando risada, sozinho ou com seu amigo predileto (hum!), mas um figuraço. Do outro lado, fazendo contraponto, outro casal: ela, totalmente zen, embora muito culta, bonita e gostosa, foi coleguinha do rapaz aloprado na infância, quando ela era a mais desejada do colégio e ele era apenas um “nerd bullynizado” por todos os colegas, que o chamavam de “tetinha”, pois tinha peitinhos iguais aos das meninas, o que seria um grande atributo se ele os tivesse usado da maneira certa; e o “ele” deste segundo casal, é um rapaz com a barba da moda, empresário bem sucedido do setor de fitness e dotado de um tamanho descomunal (de novo, não vou entrar – oops! – em detalhes...), arrogante e que já “pegou” a mulher do aloprado antes que ela tenha resolvido se casar com o louquinho vivido pelo ator Fábio Porchat. Pois é: uma historinha chata e previsível? Não. Vá conferir. É uma lição de vida. Casais só podem dar certo se um se torna o ponto de equilíbrio e o ponto de explosão do outro. Se ambos têm a mesma personalidade, não vão pra lugar nenhum. Se são equilibrados demais, morrem de tédio. Se são arrojados demais, terminam o casamento em questão de horas, dias ou, no máximo, meses, se um não matar o outro antes... Vejam, levem seus companheiros, suas companheiras e, se tiverem filhos ou sobrinhos, levem também, para entenderem A VIDA COMO ELA É.
Ah, por fim, a maior (sic) lição: casamento não tem nada a ver com tamanho de bunda, peito ou pênis. Casamento baseado nisso fracassa desde o primeiro instante e o último instante vem rápido...

4. "Um Estranho no Lago" - BOMBOM
Este filme está em cartaz no intimista cinema da UFBA, que fica ali na Faculdade de Educação, no Vale do Canela (Saladearte Cinema da Ufba, fone 3237-9682). O tema não é pra todo mundo: serial killer misturado com amor entre homens, tudo recheado com cenas de amor carnal iguais aquelas que você vê as mulheres fazerem com os homens nos filmes de Hollywood e não se choca... Mas a trama vai mais além, pois discute uma questão crucial da Psiquiatria freudiana: seriam mesmo os psicopatas completamente destituídos de sentimentos ou eles podem ter um objeto de amor verdadeiro ao qual se dediquem? Se você não é homofóbico e gosta de temas psicológicos no cinema, não perca. 

 5.  “Uma Breve História do Mundo” – BOMBOM
É um best-seller do autor Geoffrey Blainey, um professor de Harvard, o que, por si só, já desaconselharia o livro, pois acadêmico sofre de “chatice” endêmica. Mas eu comprei este livro pelo título original: “A very short history of the world”, isto é, uma história muito curta do mundo. Quando uma sumidade da Academia (e olhe que estamos falando de Harvard...) assume que está fazendo uma “historiazinha” do mundo e não o livro definitivo sobre a História do Mundo, eu fico curioso. Esta humildade programada sempre me fascina.
E não deu outra. São 335 páginas que você lê como se nunca tivesse estudado História Geral nem no colégio nem na universidade. Tudo é novo. Parece que você está vendo um filme de ação, muita ação, no qual você é um dos personagens, pois as histórias todas vão levar a você, ao que você (e outros 7,2 bilhões) é hoje em dia. Após ler “Uma Breve História do Mundo” você entende o que levou a Humanidade a chegar até o caos atual. Mas sem pessimismo, com muito bom humor.
Como um livro “me compra” pelos pequenos detalhes, deixe eu revelar alguns que me marcaram neste: a) vacas e cabras nos deram leite na pré-história e nos trouxeram a tuberculose que matou milhões de nós e mata até hoje; já patos e porcos foram os animais que trouxeram a gripe para os seres humanos ao serem domesticados por nós – e este flagelo nos pega até hoje, atchim!; b) você, biriteiro, sabia que a cerveja surgiu na Mesopotâmia por volta de 3 mil e 700 anos antes de Cristo? Pois é, pra aguentar um governo baseado em leis divinas e extremamente autoritário, os mesopotâmios logo encheram a cara; c) os mesopotâmios também, mais ou menos na mesma época, inventaram a roda (sim, esta que é, talvez, a mais importante ferramenta já inventada pelo ser humano), a escrita e o sistema numérico. É por isso que essa galera suméria, acádia, assíria e babilônica é tida como “extraterrestre” por muitos escritores; d) eu pensava que a Guerra Civil Americana tinha sido o principal desastre humanitário entre os "anos pacíficos" de 1815 e 1914, com seus 600 mil mortos e, com Blainey fiquei sabendo da “Rebelião de Taiping”, na China, entre 1850 e 1864, quando Hung Hsui-chuan misturou Confúcio com Cristo e liderou uma revolta que ao final matou 20 milhões de chineses e, aí, o nosso velho tema: “onde a vida abunda, a vida não vale nada”, pois esta guerra civil, embora uma carnificina chocante, nem consta de nossos livros escolares. E por aí vai... Absolutamente imperdível!

 6.   “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” – BOMBOM
Este é o livro ampliado, a novíssima edição, que é a que eu recomendo. O autor, Leandro Narloch, em que pese ser um equivocado em matéria de teoria econômica, é um escritor sem igual e um jornalista honesto que não tem medo das verdades que vai encontrar em suas pesquisas. Por exemplo, quem hoje em dia no Brasil teria coragem de fazer estardalhaço com o fato de Zumbi dos Palmares, o ídolo maior de todos os negros (oops!, de todos os afrodescendentes), ter sido um PROPRIETÁRIO DE ESCRAVOS NEGROS? Pois é, há provas documentais de que foi assim. Portanto, um ser humano do seu tempo e não um deus imaculado. Ou, então, quem, senão Narloch, teria coragem de dizer que os embaixadores de reinos africanos vieram à Bahia, entre o final do séc. XVIII e o início do XIX, para negociar com as autoridades coloniais portuguesas a venda de africanos inimigos como escravos para a economia brasileira? E mais, como qualquer negociante, os diplomatas negros vinham vender outros negros como se fosse carro ou guarda-chuva, dando condições especiais se os escravagistas brancos lhes dessem a exclusividade do fornecimento. E assim caminha a Humanidade... Você não pode deixar de ler este livro, até para entender, como eu entendi, QUE EU NÃO SEI AINDA UM MILIONÉSIMO DAS COISAS QUE EU PRECISO SABER. Isto é, ainda não sei nada.

7. “O Segundo Juízo de Salomão”, de Pitigrilli. – BOMBOM
Fui apresentado a este escritor pelos meus queridos amigos Alex Ferraz e Ricardo Líper e agora estou tão apaixonado pelas obras que li este livro e já estou lendo outro dele. Pitigrilli é como Narloch e Blainey, gosta de cavar informações a que poucos têm acesso para nos surpreender com suas reflexões inteligentes e fazendo isso, tal como os outros dois, nos empresta um pouco de sua sabedoria, nos tornando melhores. E, claro, MAIS CÍNICOS... Por exemplo, quem resiste à informação de que Quéops prostituiu a própria filha para poder construir a pirâmide que até hoje nos deslumbra no Egito? Ou como resistir à reflexão supermoderna (embora escrita há mais de 60 anos) de que “possuir um objeto é tornar-se escravo dele, velar pela sua integridade, consertá-lo, não o perder”? O Papa Francisco, em sua luta contra o consumismo materialista diria o mesmo neste ano de 2013, né verdade? Mas, com seu cinismo habitual, Pitigrilli logo põe fogo em sua própria reflexão e nos diz que não há saída nesta vida, pois não podemos confiar nem nos homens nem nas coisas: “Os homens são desleais; as coisas nos abandonam, quebram-se, acabam”. Ou a definitiva diferença entre paixão e amor: “A aventura é a fosforescência imprevista dum meteoro; o amor é a pontualidade estúpida, ferroviária, da Lua.” Vai perder?
        Friedrich Wilhelm Nietzsche finalmente palatável para os não-iniciados

8.  “Nietzsche Para Estressados” – BOMBOM
“And now, last but not least”, a “crème de la crème”, a cereja do bolo: Friedrich Wilhelm Nietzsche. Mas não o Frederico Guilherme Nietzsche que a Academia acostumou-se a nos impingir: difícil, ininteligível, só para iniciados. O autor do livro “Nietzsche Para Estressados”, Allan Percy, pega 99 reflexões do filósofo alemão e as aplica à vida moderna de todos nós, para desespero da Academia, que gostaria que em nossa cabeça Nietzsche fosse confundido com os imperscrutáveis Hegel e Heidegger. Mas não é e Percy faz um trabalho apaixonante e rápido de como Nietzsche refletia sobre a vida mundana. Veja: “O homem que imagina ser completamente bom é um idiota” ou “O sucesso é um grande mentiroso” ou, ainda, “Quem tem uma razão de viver suporta qualquer coisa”, um aforisma que por si só define toda a vida de um Nelson Mandela, por exemplo, que ficou décadas na prisão, mas liderou todo um povo para a sua libertação do racismo. O livro é assim: simples, objetivo, imediato, e nos mostra que a Filosofia pode ser algo palpável, palatável e útil no dia a dia, ao contrário do que querem os pseudo-especialistas... Absolutamente imperdível e este livro você não pode acabar de ler e doá-lo a um amigo ou a uma biblioteca pública, pois é obra de cabeceira, para ser sempre consultada. Quer ser gentil ou solidário? Compre um exemplar para o amigo ou para a biblioteca do colégio do bairro popular, mas deixe o seu exemplar à mão na sua casa...

 * tonY Pacheco é jornalista-radialista formado na UFBA, estudou Psicanálise na Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil (SPOB, pra lá de conservadora e ortodoxa...) e ainda estudou Economia nas universidades federais de Juiz de Fora e da Bahia, o que o fez perder muito tempo nas salas de aula em vez de estar vendo o pôr-do-sol, algo bem mais útil e prazeroso...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

GASOLINA SOBE DE 2,48 PRA 3,09. PETROBRAS ATOCHA E "NÓIS GUENTA"!!!

JORNAL COMENTADO 171
9:05 – 12.12.2013 – Quinta-feira

TOny PACheco*




O Estado Brasileiro está convencido que a classe média precisa pagar todos os seus custos de manutenção e investimento, pois só isso explica a sua decidida política de onerar a vida desta classe impiedosamente.
A gasolina não subiu, como diz a Petrobras, 4%. Pagávamos exatamente há um ano, em Salvador, $2,42 pelo litro de gasolina. Há um mês, apenas $2,39 em alguns postos ou, no máximo, $2,48 nos postos Shell, que tem a melhor gasolina. Agora, pagamos $3,09. Isto é uma elevação de 25% no custo do litro. Não são 4%... Ou eu sou idiota e fugi da escola? Talvez.
O mais curioso é que os meios de comunicação (rádios, TVs, jornais, revistas, sites e blogs) não têm dado nenhum destaque a isso, como se fosse natural uma mercadoria de primeiríssima necessidade subir de $2,39 para $3,09 e se pensar que NÃO HAVERÁ IMPACTO INFLACIONÁRIO. É claro que terá. Todo mundo que vende qualquer coisa e que, ao mesmo tempo, precisa se locomover, EMBUTIRÁ nos preços de seus produtos estes 25% a mais.
Mas nós somos assim, metem com areia na gente e nós ainda sorrimos. 

Veja-se que nossos veículos também nos são cobrados mais caro. Acontece com todas as marcas, mas vamos falar do veículo mais vendido no Brasil, o Gol. No México se vende o Gol fabricado no Brasil. Depois de viajar milhares de quilômetros até lá e pagar impostos alfandegários, o veículo 1.6 é vendido aos mexicanos por 27 mil reais. O mesmo carro, fabricado na mesma fábrica brasileira, é vendido a nós, brasileiros, por 34 mil reais. Agora, por que tão mais caro? Por que, se não há taxas alfandegárias no nosso caso e tampouco o Gol viaja milhares de quilômetros de navio para chegar até as nossas concessionárias? Só o Sr. Mantega pode responder a este momentoso tema...
E sabe quantos quilômetros um Gol brasileiro faz com a gasolina mexicana (pura, sem o nosso terrível álcool): 14 km nas cidades e 17 km nas estradas. No Brasil, o Gol não faz mais que 9 km na cidade e 12 km nas estradas por causa do horrível combustível que a Petrobras vende a nós, os otários. E olhe que a gasolina no México custa 1 real e 84 centavos, contra os 3 reais e 9 centavos no Brasil...
E mais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, parece que passa os dias em Brasília vendo maneiras de prejudicar a classe média: ontem, ele anunciou que talvez adie a obrigação de os carros brasileiros saírem de fábrica, a partir de primeiro de janeiro de 2014, com airbags e freios ABS. Ou seja, dois itens de segurança que são OBRIGATÓRIOS nos países desenvolvidos há mais de 20 anos, aqui serão adiados de novo. Faça isso mesmo Sr. Mantega. A gente MANTÉM O ESTADO BRASILEIRO, mas temos mais É QUE MORRER MESMO nestas carroças sem segurança que chamamos de automóveis.

Mate a sua galinha-dos-ovos-de-ouro, Sr. Mantega. O Sr. é um gênio!

* tonY Pacheco é jornalista-radialista profissional formado pela UFBA (registro DRT-BA 966), estudou Economia na Universidade Federal de Juiz de Fora e na Universidade Federal da Bahia. Também estudou Psicanálise.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

MANDELA NÃO ERA PACIFISTA. ERA UM CHEFE GUERRILHEIRO E ASSIM VENCEU OS RACISTAS.

JORNAL COMENTADO 170
6:55 – 06.12.2013 – Sexta-feira
tonY PAChecO*

“Nelson Mandela, apesar do sofrimento, mudou tudo sorrindo com doçura”
(Vanessa da Mata, jornal “Correio”)
O primeiro é o Mandela "fofinho" que a mídia amestrada quer. O segundo é o Mandela comandante-em-chefe de um grupo guerrilheiro que derrotou os brancos racistas 

Não, senhora! Não mudou nada com doçura. Ele meteu bomba nos brancos racistas, que é como a Humanidade tem acabado com as injustiças desde que o mundo é mundo.
Há uma tradição entre nós ocidentais cristãos, em transformar todo mundo em santo após a morte. E o brasileiro leva isso ao paroxismo, alterando a história da vida das pessoas de forma brutal, a descaracterizando. Mas em se tratando de Nelson ROLIHLAHLA Dalibhunga Mandela, isso não pode passar em branco (sic). O nome de Mandela de batismo tribal era Rolihlahla, que significa no dialeto da tribo Thembu nada mais nada menos que “agitador” ou “semeador de confusões”. Porque Mandela era filho de um líder tribal no território que depois se chamaria Transkei, uma das “nações independentes” criadas pelo regime do Apartheid na África do Sul. Mandela era, portanto, um nobre guerreiro, um aristocrata, como o foram Alexandre da Macedônia ou qualquer rei guerreiro da Inglaterra ou da França. Só porque era negro não significa que não era nobre. Era nobre e herdaria o cargo de rei da tribo de seu pai. Só que os estudos o afastaram da vida tribal, como a adesão ao anarquismo afastaria o príncipe russo Kropotkin da aristocracia cruel da Rússia. É assim que é.
Mandela lutou pacificamente de 1942 até 1960 pelo fim do racismo na África do Sul comandada por descendentes de holandeses e ingleses . Mas em 1960, o saco de Mandela estourou como o de qualquer ser humano submetido à opressão permanente. Em março daquele ano, os racistas brancos assassinaram 69 negros que se manifestavam contra o Apartheid. Foi o que passou à história como “Massacre de Sharpeville”. A partir daí, Mandela, como membro do Congresso Nacional Africano (o partido anti-apartheid clandestino), defendeu a luta armada e fundou com os companheiros o braço armado de sua organização, a “Umkhonto we Sizwe”, em zulu “A Lança da Nação”, um grupo guerrilheiro que teve Mandela como comandante-em-chefe e que fez centenas de atentados a bomba na África do Sul depois que ele viu que os racistas não iam ceder o poder pacificamente para a maioria negra. Incendiaram fazendas dos racistas, explodiram empresas, carros-bomba estouravam, tudo nos conformes. Da cadeia ele liderava o movimento armado e a “Umkhonto we Sizwe” só abriu mão da luta armada quando os racistas brancos libertaram Mandela em 1990. Tanto isso é verdade que os Estados Unidos até 2008 consideravam o partido de Mandela, o CNA, como “organização terrorista”, mesmo depois do fim do Apartheid e mesmo depois que Mandela tinha sido presidente constitucional eleito.
Foi na ponta da lança zulu que os racistas brancos foram batidos. Não foi com beijinho e doçura. Quando a comissão do Nobel deu a ele o Nobel da Paz em 1993, as mentes medianamente informadas deste planeta deram muitas risadas.
Mandela foi um guerreiro. Um dos maiores guerreiros da História da Humanidade, para estar ao lado de Alexandre, Júlio César, Spartacus ou Napoleão. Qualquer coisa menos que isso é preconceito.


"Nós adotamos a atitude de não-violência só até o ponto em que as condições o permitiram. Quando as condições foram contrárias, abandonamos imediatamente a não-violência e usamos os métodos ditados pelas condições.”
(Nelson Mandela)